quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Diabetes Home Guide

Quem me segue a mais tempo sabe que este blog foi criado durante a minha graducacao de enfermagem com o intuito de compartilhar o que eu aprendia na Universidade.  Hoje nao moro mais no Brasil, sou enfermeira nos Estados Unidos e tenho um site sobre diabetes.

www.diabeteshomeguide.com


Mas o que é o diabeteshomeguide?

Meu maior objetivo com a criação deste site é mostrar através da minha experiência  pessoal como é o manejo do diabetes em casa, onde não existe ajuda de nenhum professional como no hospital. A realidade nua e crua de como são tomadas decisões diárias no controle glicêmico, os erros e acertos, todas as dificuldades.
Quando me vi em casa com uma criança com diabetes percebi que os videos que assisti no hospital não me ensinaram nem um décimo do que é o manejo em casa. A partir desse momento percebi que a vida do meu filho estava em minhas mãos e qualquer erro poderia ser fatal.
O manejo do diabetes em casa é extremamente perigoso e exige da pessoa com diabetes e familiares enorme conhecimento.
Me lembro muito bem quando cheguei em casa e pensei: e agora? Como será a minha vida? Qual o primeiro passo?…..Minha cabeça estava cheia de dúvidas mesmo eu sendo enfermeira.
As duas primeiras semanas foram muito difíceis por conta da recomendação que recebi no hospital de que o meu filho poderia comer tudo que ele quisesse e era só  contar os carboidratos e aplicar a dose de insulina correspondente.
Com uma semana do diagnóstico fomos para a primeira consulta com a nurse educator e nutricionista. Foi uma grande decepção. Estava cheia de artigos numa pasta, muitas coisas que havia pesquisado esperando discutir com a nurse educator. Simplesmente ela não me ouviu. Ela só comentou que depois de seis meses eu poderia colocar a pump no meu filho e que tinha algumas tecnologias disponíveis para usar. Nao quis saber como estava sendo ter uma criança em casa com diabetes, minhas dúvidas…. Nada.
Após um mês do diagnóstico finalmente tive a primeira consulta com o endocrinologista e foi a minha segunda decepção. Continuou dizendo que meu filho poderia comer tudo que quisesse e era so dar insulina.
Muita coisa eu aprendi nesses 5 meses desde o diagnóstico da doença. Se você está aqui lendo este post certamente também tem muitas dúvidas e esta em busca de respostas. A primeira lição para o bom tratamento da diabetes é seja uma pessoa cética, não acredite de cara em tudo que te dizem sobre a doença , leia, pesquise, utilize o pubmed, busque informação. O que eu vou descrever nos próximos posts é fruto de muito estudo e entendimento da doença. Eu ainda infelizmente não tenho todas as respostas, mas espero compartilhar com vocês o que eu sei e também ouvir de vocês como é o manejo da diabetes em casa, no dia a dia.
Eu acredito na individualidade, cada ser humano é único e o tratamento do meu filho pode não ser o melhor para você e sua família, mas algumas coisas como uma alimentação saudável, atividade física também pode funcionar para você.
E é esse tipo de experiência que eu quero compartilhar.
Não podemos colocar todas as pessoas juntas e definir regras já que não somos todos iguais. As pessoas com diabetes tem um problema metabólico e por isso não se enquadram dentro do padrão de alimentação para uma pessoa normal. O mesmo vale para os hipertensos, para dos que fazem hemodiálise, etc….
Por isso eu pretendo dar as ferramentas para que cada um de vocês construam o seu próprio protocolo de tratamento, para que você encontre o melhor manejo pra você, de acordo com o que funciona pra você….
Para os que tem diabetes há muitos anos poderá parecer repetitivo dizer que dieta e exercícios físicos são os melhores aliados no tratamento do diabetes. Porém tente colocar isso em prática. Saber é uma coisa, fazer é outra. Eu estou aqui para te ajudar a levar uma vida normal, descomplicada. O meu maior desejo para o meu filho é o mesmo para cada um que le os meus posts: vida longa e com qualidade.
Eu espero que vocês se sintam acolhidos, abraçados por esse site e que muita informação de qualidade seja disseminada, pelo mundo que necessita de muita educação em diabetes.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Qual a diferença entre a "Mãe Paulistana" e a "Rede Cegonha"?

Alguém pode me explicar: Qual a diferença entre a "Mãe Paulistana" e a "Rede Cegonha"?

Sinceramente eu não entendo!

Mãe Paulistana 


A Rede de Proteção à Mãe Paulistana é um programa municipal de saúde, implantado em 2006, voltado para a mãe e para a criança. Tem como objetivo assistir a gestante durante o ciclo de gravidez, desde as consultas de pré-natal (no mínimo sete), o parto, o puerpério até o primeiro ano de vida do bebê.
Em seis anos de Programa, 713.328 mães já se inscreveram. Desde março de 2006 foram realizados 697.219 partos.
A Mãe Paulistana está presente em 442 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 23 Ambulatórios Especialidades, em 37 hospitais, sendo 11 Municipais, 9 Estaduais, 4 Conveniados ao SUS, 5 OSs Estaduais, 2 OSs Municipais, 5 Universitários + 1 Casa de Parto.
Em relação ao pré-natal, desde março de 2006 foram realizadas 4.420.679 consultas, 5.560.476 exames e 749.676 ultrassonografias obstétricas
O índice de aprovação entre as participantes do programa chega a 94%, segundo pesquisa do Ibope (outubro/2006).
Como funciona:
A mulher que suspeitar de gravidez tem de procurar a unidade de saúde mais próxima à sua residência, realizar alguns exames e, se confirmada a gestação, imediatamente é cadastrada no Programa.
Para cadastrar-se, é necessário ter o cartão SUS. Caso a gestante não o tenha, é preciso apresentar RG e comprovante de residência para que o cartão seja emitido.
Rede Cegonha
Lançada em março de 2011 pelo Governo Federal, a rede cegonha é um programa que visa garantir atendimento de qualidade a todas as brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde a confirmação da gestação até os dois primeiros anos de vida do bebê. Ela terá atuação integrada às demais iniciativas do SUS para a saúde da mulher.
Conforme as diretrizes gerais e operacionais do projeto, deve ser assegurado às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada durante a gravidez, o parto e o pós-parto, e às crianças o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Com um investimento de R$ 9,4 bilhões do Ministério da Saúde, que serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança, a Rede Cegonha iniciará o atendimento às futuras mães pela Amazônia e pela região Nordeste, que registram a maior taxa de mortalidade infantil e materna do País. Também terão prioridade as regiões metropolitanas de todo o país, porque concentram o maior número de gestantes.
Uma das inovações do programa em relação aos serviços oferecidos atualmente é a proximidade com que vai atuar o Governo Federal junto aos estados e municípios, para que haja maior comprometimento com a mudança das práticas.
Outra novidade é que o teste rápido de gravidez está disponível em todos os Postos de Saúde, o que possibilita, uma vez confirmada a gestação, começar o quanto antes o pré-natal. A partir da confirmação, ficam garantidas pelo menos seis consultas médicas, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. Sobre o local onde será realizado o parto, a gestante será vinculada desde o pré-natal à maternidade onde será realizado o parto.
Também é importante ressaltar que as grávidas devem receber auxílio para o deslocamento até o local das consultas de pré-natal, e para se deslocarem até a maternidade, quando forem dar à luz.
A Rede Cegonha prevê ainda a qualificação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e puerpério, bem como a criação de estruturas de assistência, como a Casa da Gestante e a Casa do Bebê, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Curativo de gaze e fita ou filme transparente?

O estudo "ensaio clínico controlado sobre o curativo de cateter venoso central" tenta responder essa questão.

Objetivos
- Avaliar a eficácia do curativo de gaze e fita e do filme transparente de poliuretano para cobertura de cateteres venosos centrais;
- Comparar os curativos de gaze e fita com o filme transparente com relação a: ocorrência de infecção relacionada ao cateter, qualidade de fixação do material, capacidade de absorção de exsudato e desenvolvimento de reação local do cliente ao material do curativo;

Descrição do desenho do ensaio
Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado, realizado em agosto de 2008 na Unidade de Terapia Intensiva geral do Hospital Universitário de Curitiba-PR.

Grupos
Grupo Controle - Curativo habitual do óstio de saída do cateter com clorexidina alcoólica 0,5%, gaze estéril e micropore hipoalergênico permeável a troca de vapor e oxigênio, de 50mm x 10m.
Grupo Estudo - A intervenção consistia no curativo do óstio de saída do cateter com clorexidina alcoólica 0,5% e filme transparente de poliuretano (Tegaderm® IV da 3M).
Troca curativo foi diária no grupo controle e a cada sete dias, ou quando da ocorrência de sujidade, exsudato ou descolamento no grupo estudo. Os curativos foram realizados pelas próprias pesquisadoras com rigorosa técnica asséptica. O óstio de saída do cateter foi avaliado e fotografado diariamente.

Resultados: Não foi identificada uma diferença significativa com relação à infecção relacionada ao cateter  e à fixação do curativo. Foi identificada diferença estatisticamente significativa com relação à absorção de exsudato.  A probabilidade de ocorrer reação local no grupo controle é diferente do grupo estudo. 

Conclusão: O tipo de curativo não diminui a incidência de infecção relacionada ao cateter, a capacidade de fixação é semelhante, o curativode gaze e fita possui capacidade de absorção de exsudato, porém apresenta probabilidade maior de desenvolver reação local.

Referência


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rotura uterina

Dando seqüência à aula de horrores sanguinolentos e catastróficos na Obstetrícia, temos, por fim, a rotura uterina – outra razão para hemorragia vaginal na gravidez. Pode aparecer nas seguintes circunstâncias:

Parto obstruído – por exemplo, na desproporção céfalo-pélvica (DCP). O útero trabalha com contrações fortíssimas; apesar da moldagem craniana, não há progressão. Gradualmente a região do segmento inferior se afina e distende, elevando-se em direção à cicatriz umbilical. Parece-se muito com um bexigoma; mas, na verdade, chama-se anel de contração, ou anel de Bandl; este simplesmente indica iminência de rotura uterina. Uma sondagem de alívio descarta o bexigoma. Nessa hora, corra para preparar a sala cirúrgica!

Em geral, nessas circunstâncias, o comportamento da paciente é agitado, aflito, e seus gritos podem ser confundidos com peripaque, para a equipe insensível. Na verdade, a sensação dolorosa é imensa. Se persistir sem atenção, a coisa evolui. De repente, ela se acalma abruptamente – o útero acaba de se romper, e ela rapidamente entra em choque por hemorragia interna (lembrem-se de que justamente na região do segmento inferior inserem-se as artérias uterinas; se o útero se rompe no local, lá se vai o útero e a circulação placentária). O feto exterioriza-se para a cavidade peritoneal e morre.

A rotura uterina é sinal evidente de parto mal assistido. Se você presta atenção à dinâmica uterina, à evolução da dilatação cervical, à presença de moldagem craniana fetal ou bossa e ao comportamento materno, muito antes da rotura ocorrer já se pode diagnosticar parto obstruído e partir para a via alta (cesárea). Aliás, a rotura uterina tem aparecido com relativa freqüência nos serviços que usam peridural + cesárea anterior + indução/condução ocitócica – combinação explosiva! Quem prestará atenção, se a própria paciente não sente nada, e, com o Pré-parto silencioso, se pode ficar distraído conversando no balcão? Aliás, sempre fiquem mais atentos quando houver o uso de ocitocina em cesárea anterior; o útero é mais frágil.

Por último, há casos em que a rotura uterina aparece ainda na gestação, antes mesmo de desencadeado o trabalho de parto. Isto pode ocorrer nas pacientes que, numa gestação anterior, foram submetidas à terrível cesárea corporal – o útero foi cortado no sentido longitudinal, ao invés de transversalmente na região do segmento inferior, e assim estragou-se para sempre a belíssima arquitetura das fibras uterinas.

Dêem uma espiada nos livros, para completar seu conhecimento e ver as figuras impressionantes. A própria tragédia evitável!...

Um abração.

Maria Clara

Sample Text

Estamos de passagem, mas não viemos a passeio